segunda-feira, 2 de junho de 2014


Halitose: um desafio que tem cura

Muitas pessoas não gostam de ir ao dentista. Algumas delas por medo, mas outras porque sentem vergonha do odor que exala de sua boca. Isso tem nome – é a Halitose, comum em cerca de 50 milhões de brasileiros, segundo dados da Associação Brasileira de Halitose (ABHA). A grande maioria dos casos tem origem na boca, onde vivem centenas de bactérias com diferentes necessidades nutricionais.
Pesquisas recentes demonstram que o local responsável pelo mau hálito é a área posterior da língua, no fundo da cavidade oral. A explicação é que essa região, além de receber um fluxo menor de saliva, contem grande numero de pequenas criptas nas quais as bactérias podem alojar-se e digerir todas as proteínas dos restos alimentares ali retidos, causando o mau cheiro.
Especialistas afirmam que a causa mais comum do problema são as doenças periodontais, por fora dos dentes, como a gengivite, provocada pela falta de higiene correta da boca e dos dentes. Já o estomago, considerado pela maioria das pessoas como o vilão do mau hálito, é uma das ultimas causas da halitose.
É importante que as pessoas saibam que a halitose não é uma doença, mas um sintoma de que algo não vai bem no organismo e que é fundamental descobrir a causa para introduzir o tratamento que, às vezes, pode exigir a participação de especialistas. Por tanto, se você disser à pessoa que o hálito dela está alterado, é um benefício que está fazendo a ela.

 A HALITOSE TEM TRATAMENTO E CURA, PORTANTO RECOMENDA-SE:
·        Beber água – dois litros por dia pra manter a boca sempre úmida.
·        Evitar passar muitas horas sem alimentar-se; o jejum prolongado favorece ao aparecimento de halitose.
·        Caprichar na higiene bucal. Quando escovar os dentes, usar também o fio dental e passar a escova com delicadeza especialmente na região posterior da língua.
·        Certificar se os níveis de glicemia estão dentro da normalidade e se o funcionamento do estomago, dos rins e dos intestinos não apresentam nenhuma alteração.
·        Utilizar, de vez em quando, goma de mascar ou balas sem açúcar, que ajudam a aumentar a salivação.
·        Fique atento ao mais importante: procure um Cirurgião-Dentista, ele pode te ajudar!

FONTE: Conselho Federal de Odontologia – Odontologia em Revista, edição especial Abril 2014.

domingo, 13 de abril de 2014

7 Doenças Detectáveis Pelo Seu Dentista (e não são cáries)



Se você é daqueles que só agenda uma consulta com dor de dente, saiba que várias doenças fazem da sua boca um sinal de alerta.

1.   Diabetes
Ao contrario do que muita gente pensa, os idosos não são as únicas vitimas dessa desordem metabólica. Embora seja raro, o do tipo I atinge, sobretudo, crianças e jovens com menos de 25 anos. Independente da forma como se apresenta, a patologia gera um hálito cetônico, que surge devido a pouca disponibilidade de glicose como fonte energética. Isso leva o organismo a buscar nas gorduras uma compensação “Quando há queima de gorduras para produzir energia, surge um subproduto chamado de cetônicos, os quais são eliminados pela respiração, dando ao individuo um hálito com cheiro adocicado”, esclarece Sandra. Esse sintoma já é suficiente para o dentista encaminhar o paciente para o médico confirmar o diagnóstico. Todavia, outras alterações bucais podem denunciar o problema, tais como: diminuição da quantidade de saliva e maior concentração de cálcio nela; alterações na coloração do esmalte do dente (ou na formação de esmalte); dor e queimação na língua e quando quantidade de cáries.

2.   Osteoporose
A cirurgiã-dentista comenta que, como se trata de moléstia que diminui a massa óssea, as principais manifestações bucais são o excesso de fraturas nos dentes, o agravamento de doenças periodontais e a dificuldade de adaptação de próteses (como dentaduras) e implantes dentários. Esse último transtorno ocorre devido à perda de osso nas regiões da maxila e mandíbula. “A doença é mais prevalente em mulheres. Se a paciente é magra e começa  a ter várias fraturas dentárias, eu já peço que ela vá ao ginecologista e faça o exame de densitometria, que mede a massa óssea do fêmur e da coluna para diagnosticar a osteoporose”, completa.

3.   Doenças da pele
De acordo com Pannuti, essa categoria engloba problemas como lesões vesicobolhosas, lúpus e pênfigo – doença conhecida como “fogo selvagem”, a qual resulta no aparecimento de bolhas cheias de liquido na pele. Normalmente, todas essas enfermidades se espalham pelo corpo, mas surgem primeiro na boca. “Elas aparecem na forma de uma descamação na gengiva ou na mucosa. Em um primeiro momento, podem ser confundidas com gengivite. Porém, são acompanhadas de bolhas e dores, sintomas que não são comuns da doença periodontal”, explica.

4.   Sífilis
É causada pela bactéria Treponema pallidum e transmitida por meio de relações sexuais. Os sinais variam conforme o estágio da doença. Em quadros de sífilis primária, o dentista observa uma úlcera firme e indolor, com bordas elevadas e claras na mucosa. Na secundária, manchas ovais e placas esbranquiçadas, irregulares e também indolores aparecem nas seguintes regiões: lábios, língua, palato, bochecha e até nas amigdalas. Por fim, a fase terciária culmina na formação de gomas que podem perfurar o palato. Quando isso acontece o paciente adquire uma voz nasalada e passa a ter dificuldades de engolir. Como os sintomas dos dois últimos estágios são bastante evidentes, é pouco provável que o indivíduo procure um especialista em saúde bucal, preferindo ir diretamente a um médico. Há ainda a sífilis congênita, que é a transmitida pra o bebê durante a gestação. “Ela faz com que os dentes da criança tenham problemas de formação: os molares ficam com aspecto de amora e os incisivos centrais superiores com forma de barril ou chave de fenda”, comenta Sandra.

5.   HPV (Papilomavírus Humano)
Nome genérico para um conjunto demais de 100 tipos de vírus, o HPV é outra Doença Sexualmente Transmissível (DST) detectável pelo especialista em saúde bucal. No entanto, ele só consegue fazer o diagnóstico quando há a presença de uma lesão do tipo couve-flor (nódulos pequenos rosados ou esbranquiçados) no interior da boca. Sandra destaca que essa lesão pode ser tratada por meio de medicamentos locais, remoção cirúrgica e crioterapia – procedimento que consiste no congelamento e destruição do tecido anormal.

6.   AIDS
A Síndrome da Imunodeficiência Adquirida (AIDS) provoca uma diminuição progressiva das defesas do organismo, tornando o paciente suscetível a toda sorte de infecções. O dentista Pannuti afirma que isso facilita o aparecimento de lesões e neoplasias bucais, além de um câncer conhecido como Sarcoma de Kaposi, causado pelo herpesvírus de tipo 8 (HHV-8). O sarcoma manifesta-se principalmente no palato e na gengiva e possui forma de nódulos de coloração avermelhada que sangram facilmente. Ele é o principal indício de que o indivíduo pode ser soropositivo.


7.   Câncer
Pannuti ainda destaca que não é comum um câncer que tenha acometido outra parte do corpo evoluir ao ponto atingir a boca. Entretanto, quando acontece, normalmente ele é detectado na forma de uma ferida ulcerada que cresce a partir da gengiva. “Ela pode ser confundida com outros tipos de lesões, mas o fato de não cicatrizarem é uma característica que possibilita o diagnóstico diferenciado.”


Fonte: Revista Viva Saúde (www.revistavivasaude.com.br),
 abril 2014 – págs 52, 53, 54 e 55.